Nos últimos dias o mundo tem se perguntado qual o rumo que tomará o FMI após o (não primeiro, nem segundo, mas só o mais recente) escândalo sexual envolvendo o diretor-gerente francês do órgão, Dominique Strauss-Kahn.
O impacto desse escândalo ainda não se pode mensurar, pois acontece exatamente em um momento histórico em que os países emergentes, especialmente, pressionam por mudanças na gestão do Fundo, o qual não foi capaz de detectar a iminência da crise econômica mundial de 2008.
Strauss-Kahn, visto de uma perspectiva profissional, é conhecido como um homem espetacular, que reestruturou todos os departamentos do Fundo de forma profissionalizada. E não é, simplesmente, de uma forma amadora ou política que o faz, mas baseado em todo um investimento intelectual que fez em si durante sua vida.
Ele nasceu em Paris, viveu seus primeiros anos no Marrocos e retornou a Paris na adolescência, onde cursou Economia e Direito. Também em Paris desenvolveu seu doutorado em Economia. No início de sua carreira, trabalhou na área acadêmica, em conjunto com sua carreira política. Foi, também, Ministro da Indústria da França (1991-1993) e Ministro das Finanças (1997-1999). Desde 2007, exerce o cargo de diretor-gerente do FMI.
Em 2007, faria oposição a Sarkozy, nas eleições presidenciais, pelo partido EFE, porém o partido nomeou Ségolène Royal para a candidatura, o qual foi derrotado. Pretender-se-ia que Strauss-Kahn se candidatasse nas próximas eleições presidenciais, com forte apoio popular, frente ao opositor Sarkozy. Esse apoio popular é tão forte, que há rumores entre a população e também entre os franceses que são ligados ao FMI, de que este fato ocorrido nesta semana nada mais é do que um jogo político, para enfraquecer a imagem de Strauss-Kahn, em função de sua possível candidatura à presidência.
Profissionalmente, não é fácil encontrar críticas quando à sua atuação. Por outro lado, um homem político precisa manter uma vida honrada, pois isso denota toda a sua personalidade, a qual é inseparável do todo. Há quem diga que o atual escândalo teve o seu propósito, por ser a França ainda um país muito machista, preconceituoso e que minimiza(va) as violências sofridas pelas mulheres.
Recai, nessa questão, a competitividade entre dois pontos de vista: 1º) os que defendem o respeito integral à vida privada e 2º) os que defendem que uma pessoa pública torna seus próprios assuntos, mesmo os pessoais, de interesse público, pois ela representa todos os que depositam nela sua confiança e as quais pagam, de forma direta ou indireta, seus salários, subsídios, etc.
Por falar em salários, subsídios, etc, uma informação interessante é que, devido ao contrato firmado em 2007, a partir de agora, com sua renúncia, Strauss-Kahn passará a receber uma pensão, a qual é vitalícia, no valor estimado de US$ 252.000 anuais, além da indenização de US$ 250.000 por sua saída do cargo.
Este assunto está recém no seu início e vamos esperar para ver as próximas cenas deste caso.
Abçs,
Cátia Ereno
Fontes:
http://g1.globo.com/platb/thaisheredia/
http://noticias.terra.com.br/interna
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias
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